EDUCADORES DA EMDRA

EDUCADORES DA EMDRA

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Que tipo de educação, para qual sociedade?




A educação é uma tarefa social e, como tal, está intrinsecamente relacionada à sociedade almejada. Dessa forma, antes de enfrentar a questão sobre o que seria uma educação de qualidade, precisamos tentar responder às seguintes perguntas:

Que tipo de ser humano queremos formar através da educação? Para que tipo de sociedade? 


No dia 23 de fevereiro, os professores da Escola Municipal Deputado Renato Azeredo reuniram-se para discutir as concepções de educação escolar que circulam na sociedade e refletir sobre as intenções educativas compartilhadas na escola.

O objetivo é estabelecer alguns consensos para orientar o trabalho pedagógico da escola. Todos estão convidados a contribuir com essa reflexão, anexando, aos comentários dessa postagem, a sua opinião sobre o tema.

Pense e contribua!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

SEMINÁRIO/2016 DA EMDRA

Proposta pedagógica não é apenas um documento escrito. Isso não quer dizer que o documento final seja sem importância, ele é muito importante. Entretanto, proposta pedagógica é, antes de tudo, debate e reflexão coletivos.

Com o objetivo de propiciar a reflexão e o debate sobre o processo pedagógico que se realiza em nossa escola, convidamos a comunidade escolar: professores, diretores, funcionários, pais, mães, familiares e estudantes a participar do Seminário Pedagógico/2016.



ORGANIZAÇÃO DOS TEMAS:


1º. EIXO:
Concepções de educação e qualidade no ensino.

2º. EIXO:
Clima escolar: gestão democrática, regras de convivência, participação das famílias, laicidade, 
saúde do trabalhador e condições de trabalho.

3º EIXO:
Diversidade: étnico-racial, gênero (combate ao machismo e à homofobia), inclusão de pessoas com deficiência, outras diferenças e bullying.

4º EIXO:
Currículo: Alfabetização, Leitura e Escrita; Português; Matemática; Geografia; História; Ciências; Artes; Educação Física e Inglês.

5º EIXO:
Avaliação




O primeiro encontro será no dia 23/02/2016, às 18h, com o tema: Concepções de educação e qualidade no ensino. 



Sua participação é imprescindível! Programe-se e participe!





terça-feira, 22 de setembro de 2015

Política educacional e base nacional comum

Ter uma base nacional comum é possível e desejável, na dependência do que queiramos fazer com ela. Se é para se ter uma referência que dê parâmetros para as escolas(combinando conteúdos e níveis de complexidade de desempenho), tudo bem. Se é para responsabilizar escolas, impor uma cultura padrão sobre outras culturas, punir ou premiar professores, trocar diretores, pagar bônus, credenciar professores, orientar grandes conglomerados empresariais a produzir material didático, privatizar, engessar a formação de professores e outras ideias já testadas em outros lugares e que destruíram por lá o sistema público de educação, então a resposta é não.
Daí porque é importante discutir, primeiro, o que é uma boa educação e ter uma política educacional que acolha tal base de forma adequada. Invertemos e vamos pagar um preço alto por isso, nos dando conta, no momento seguinte, que a política educacional não foi adequadamente definida, pois estava baseada em conceitos equivocados de pressão sobre as escolas e seus profissionais, oriundos da área dos negócios. Décadas poderão passar até que saiamos deste beco, como é o caso de outros países nesta situação.
O que se prevê em seguida a esta base nacional informada pela política educacional dos reformadores empresariais? Acertada a base nacional, virá o ajuste das avaliações nacionais (ANA, Prova Brasil e ENEM). Em seguida, a implementação da Prova Nacional Docente e por ela, a avaliação e engessamento das instituições formadoras de professores – com provável credenciamento de professores (o de diretores já foi anunciado pelo Mec). Pressão sobre escolas, professores e alunos. Apostilamento da base nacional por sistemas de ensino de grandes corporações em escala nacional.
É por isso que cada um dos objetivos de aprendizagem constantes do “Catálogo Nacional de Obetivos” ou base nacional comum, já nasce com uma sigla (por exemplo: LILP1FOA002) Esta é a sigla de um objetivo que “perseguirá” cada escola brasileira para “ver” como ela está se saindo. Cada uma destas siglas será convertida em outras amarrando a ela descritores de aprendizagem, em seguida a itens que comporão o banco nacional de itens das avaliações nacionais. Bases de dados (big data) serão construídas para registrar e acompanhar cada sala de aula em cada escola. Uma política educacional baseada em “controle” vai emergir para atormentar a vida de pais, alunos, professores e diretores. Pressão de escolarização antecipada sobre a educação infantil.
Sob a batuta de uma avaliação nacional censitária que atinge todas as salas de aula, a implementação de pagamento por desempenho fica a um passo. Aqui o problema não é se vamos ou não ter avaliação: nada contra a avaliação e nada contra uma avaliação amostral que permita elaborar política pública. Tudo contra avaliações censitárias destinadas a pressionar escolas e seus profissionais. Por que? Simplesmente porque não funciona.
Note-se que sem nenhuma conexão aparente com a base nacional, em outra ação, discute-se o Sistema Nacional de Educação, onde teremos as propostas deixadas pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do ex-ministro Mangabeira pedindo a organização de um sistema de acesso a recursos federais condicionado a desempenho dos alunos nas escolas, tendo como referência a base nacional.
E o círculo se fecha sufocando a escola. Ao invés de empoderarmos as escolas e os profissionais da educação, estamos construindo um manto de controle sobre a escola que sufocará suas iniciativas e padronizará sua atuação, destruindo o sistema público de educação.
Onde esta estratégia foi seguida, só houve um beneficiado: os empresários educacionais e suas organizações sociais com ou sem fim lucrativo. Não houve melhora sequer nos índices educacionais medidos por testes. Conduziu apenas a mais privatização e a mais segregação escolar.
Portanto, aqui, não está em discussão apenas se devemos ou não ter uma base nacional comum. Está em jogo a política educacional equivocada que está sendo construída e que, dentro dela tem uma base nacional comum.
Nota: o pessoal das habilidades socioemocionais está decepcionado por não haver também especificação destas na base nacional do MEC. Vão vir com tudo para que sejam incluídas. Se incluírem, vamos ter traços de personalidade virando política pública. A história registra a que isso conduz.

A educação é um dos serviços mais lucrativos, afirma Gaudêncio Frigotto

Em entrevista à Página do MST, o professor da UERJ fala sobre o crescente processo de mercantilização da educação no Brasil e sobre o projeto de educação a ser defendido para o país.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Base Curricular Nacional

Para MEC, desenvolvimento integral entra só na introdução da Base Curricular

Documento que vai subsidiar os debates sobre a Base Nacional Comum Curricular focará nos conteúdos disciplinares, sem aprofundar nas competências para o século 21

por Sergio Pompeu  11 de setembro de 2015
O desenvolvimento integral dos estudantes será abordado apenas no preâmbulo do documento que o Ministério da Educação lançará no dia 16 para subsidiar os debates sobre a BNC (Base Nacional Comum Curricular), texto que vai definir o que os estudantes têm direito a aprender na educação básica. Frustrando expectativas de educadores e especialistas que defendem que a BNC deve contemplar as competências para a vida no século 21, o texto não pretende articular conhecimentos, valores, atitudes e habilidades relacionadas aos processos de aprendizagem e focará na descrição de objetivos de aprendizagem apenas por conteúdos disciplinares.